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Bandeira vermelha deve voltar para a tarifa em agosto

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Via Valor
Por Rodrigo Polito e Camila Maia

A bandeira tarifária, mecanismo que cobra valor adicional nas contas de luz para sinalizar ao consumidor a necessidade de acionamento de usinas mais caras, pode voltar ao primeiro patamar da cor vermelha em agosto, após dois meses. Esse patamar gera um acréscimo na tarifa de R$ 3,00 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

A possibilidade de acionamento do primeiro patamar da bandeira vermelha se deve à ausência de chuvas no mês de julho, fato que influencia as previsões para a primeira semana de agosto, período de referência para a definição da bandeira tarifária. Especialistas e empresas consultados pelo Valor consideram a possibilidade de o preço de liquidação de diferenças (PLD) – preço de energia no mercado de curto prazo – para a primeira semana de agosto, superar o valor de R$ 422 por megawatt-hora (MWh), que configura o primeiro patamar da bandeira vermelha. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciará na sexta-feira a cor da bandeira de agosto.

O grupo Compass, especializado em comercialização de energia, prevê que o PLD para a primeira semana de agosto fique entre R$ 400/MWh e R$ 440/MWh. “A chance de que haja bandeira vermelha cresceu bastante nas últimas semanas”, afirmou Gustavo Arfux, sócio-diretor da Compass.

A comercializadora Ecom Energia trabalha com uma estimativa de PLD de R$ 450/MWh na primeira semana de agosto. “Há uma estiagem muito longa. Depois daquela chuva do fim de maio e início de junho, não foram observadas chuvas significativas no Sul e Sudeste. As vazões estão em recessão. Isso contamina a previsão de água e de geração hidrelétrica, o que demanda maior geração termelétrica [mais cara]”, afirmou o diretor de Inteligência e Risco da Ecom Energia, Carlos Caminada.

Leia a matéria na íntegra no Valor.

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