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Divulgado o primeiro mapa global de água subterrânea

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Tom Gleesson, Kevin M. Befus, Scott Jasechko, Elco Luijendijk and M. Bayani Cardenas (2015). Nature Geoscience, DOI: 10.1038/NGEO2590.

Pela primeira vez desde que um cálculo do volume mundial das águas subterrâneas foi tentado na década de 1970, um grupo internacional de hidrólogos produziu a primeira estimativa das reservas totais de águas subterrâneas da Terra.

Com a crescente demanda global por água – especialmente tendo em vista as mudanças climáticas – este estudo fornece informações importantes para os gestores de recursos hídricos e desenvolvedores de políticas, bem como para pesquisas de campo, na hidrologia, ciência atmosférica, geoquímica e oceanografia.

A equipe, liderada por Tom Gleeson, da Universidade de Vitória, no Canadá, usou vários conjuntos de dados (incluindo dados de perto de um milhão de bacias hidrográficas) e mais de 40.000 modelos de águas subterrâneas para compor o mapa-múndi das águas subterrâneas.

Os cálculos estimam um volume total de cerca de 23 milhões de quilômetros cúbicos de água subterrânea – muito próximo da estimativa feita há 40 anos.

Para comparação, se fosse possível retirar essa água e depositá-la sobre a parte seca da Terra, ela poderia produzir um dilúvio que cobriria todos os continentes comum a profundidade de 180 metros – ou poderia elevar os níveis do mar em 52 metros se fosse espalhada sobre o globo inteiro.

Tom Gleesson, Kevin M. Befus, Scott Jasechko, Elco Luijendijk and M. Bayani Cardenas (2015). Nature Geoscience, DOI: 10.1038/NGEO2590.
Tom Gleesson, Kevin M. Befus, Scott Jasechko, Elco Luijendijk and M. Bayani Cardenas (2015). Nature Geoscience, DOI: 10.1038/NGEO2590.

Idade das águas

Do total das águas subterrâneas da Terra, apenas cerca de 0,35 milhão de quilômetros cúbicos é mais jovem do que 50 anos de idade.

Essa fração de “água jovem” recarrega-se através das chuvas e dos cursos d’água em uma escala temporal de algumas décadas, representando assim a parte potencialmente renovável das águas subterrâneas. Segundo Gleeson, as águas mais profundas são salgadas demais, isoladas e estagnadas, e deveriam ser vistas como recursos não-renováveis.

O volume da água subterrânea moderna supera todos os outros componentes do ciclo hidrológico ativo e é um recurso renovável. Contudo, como está mais perto das águas de superfície e se move mais rapidamente do que as águas subterrâneas antigas, ela é também mais vulnerável às alterações climáticas e à contaminação por atividades humanas.

Fonte: Izabela Prates, com informações Inovação Tecnológica e Geology Page – Mundo Geo

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