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Linha nova de eficiência do BNDES financiou apenas dois projetos até então

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Via: Brasil Energia

Brasil – Apesar de lançada em junho de 2015, a linha Finem Eficiência Energética do BNDES até o momento só contratou dois projetos, com valor total de R$ 59,1 milhões.

Com dados obtidos pela reportagem da Brasil Energia junto ao banco por meio da Lei de Acesso à Informação, o primeiro projeto foi contratado pela Ecogen Brasil Soluções Energéticas em 27 de junho de 2016, no valor de R$ 37.096.866,00. O projeto aparece como de “prestação de serviços de conservação de energia da empresa, através da implantação de projetos de eficiência energética.” O prazo de amortização foi de 86 meses, com custo financeiro de TJLP mais 2% de juros e carência de 24 meses.

O segundo projeto foi contratado pela Atento Brasil, em 29 de setembro de 2016, no valor de R$ 22.098.845,00, também com TJLP mais 2% de juros, 60 meses de amortização e carência de 24 meses. O projeto envolve implantação de projeto de eficiência energética, empregando o uso de novas tecnologias em iluminação, climatização e automação de ambientes nas unidades da empresa, em diversos estados, com o objetivo de reduzir o consumo de energia elétrica.

Lançada como um aperfeiçoamento da antiga linha Proesco com a promessa de facilitar o acesso ao crédito do banco público, a Finem Eficiência Energética com esses dados confirma a crítica das escos nacionais de que ainda perduram muitas dificuldades para viabilizar o financiamento de projetos de eficiência energética com o dinheiro do BNDES.

Segundo os mesmos dados de planilha enviada à reportagem por conta da Lei de Acesso à Informação, desde 2007 o banco financiou 43 projetos, no valor total de R$ 611 milhões, 41 deles ainda quando a linha era a Proesco, e cujo valor é ínfimo perto do montante desembolsado para o setor elétrico, que somente em 2016 acessou R$ 9,6 bilhões do BNDES.

Entre as empresas beneficiadas com os recursos para eficiência energética desde 2007, destacam-se a Light Esco, com 14 projetos, a Elektro, com três, e a Ecogen, com cinco projetos financiados. Nesse caso, chama a atenção também a ausência de financiamento a pequenas e médias escos e empresas em geral, o que confirma outra crítica do setor de que apenas escos e empresas ligadas a grandes grupos e distribuidoras conseguem ter acesso ao dinheiro do BNDES.

Iasmim Amiden

Jornalista e Coordenadora do Programa Oásis da Ecoa.

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