/

Represas na Bacia do Alto rio Paraguai: um desastre anunciado

3 minutos de leitura
1
represas na bacia do alto rio paraguai

Dados como a localização das represas e o potencial de geração de cada empreendimento, na bacia do Alto rio Paraguai, podem ser acessados em mapa interativo feito pela Ecoa.

  • A construção de Hidrelétricas faz parte da estratégia de expansão da estratégia de expansão da  matriz energética brasileiras;
  • As hidrelétricas, especificamente no Pantanal, geram impactos ambientais, sociais e econômicas;
  • Hidrelétricas alterar a dinâmica das águas e são as pulsões de água que permitem que o Pantanal seja a maior planície alagável do mundo;

 

A construção de Usinas Hidrelétricas (UHEs) e as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) há muito tempo faz parte da estratégia de expansão da matriz energética brasileira, sua expectativa de crescimento está claramente evidenciada no Plano Nacional de Energia. Tal fato, em partes, se deve à ideia controversa de que estes empreendimentos são fontes limpas de geração de energia, causando impactos insignificantes.

Em função disso, o Brasil tem flexibilizado as normas ambientais e concedido incentivos financeiros com o objetivo de facilitar e agilizar a implantação de empreendimentos deste segmento em todo país. A borda da Bacia hidrográfica do Alto rio Paraguai (BAP), onde está inserida a maior planície inundável do planeta, o Pantanal, é um destes territórios tidos como prioritários para a instalação das PCHs e UHEs.

Hoje já existem 38 empreendimentos em operação na BAP e a previsão é de que mais 94 outras barragens sejam instaladas nos próximos anos. Apesar da imagem limpa, estas barragens alteram consideravelmente o ambiente onde são inseridas e geram impactos imensuráveis não só no campo ambiental e social, mas também, se tratando do Pantanal, no campo econômico.

Visualizar mapa na tela inteira

Os dados – O mapa das Represas na Bacia do Alto Paraguai (BAP) foi elaborado a partir de dados oficiais da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), do Sistema de Informação Georreferenciada do Setor Elétrico (Sigel) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Pesquisa – Silvia Santana Desenvolvimento do mapa – André Restel, Iasmim Amiden, Rafael Chiaravalloti e Silvia Santana

Links relacionados:

Efeito cumulativo das barragens no Pantanal

As hidrelétricas na Alta Bacia do rio Paraguai (BAP)

Depoimentos sobre as hidrelétricas no Pantanal

1 Comment

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.

Mais recente de Blog