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Notícias do Clima

16 minutos de leitura

Via Clima Info

OS ÓTIMOS NÚMEROS DA ENERGIA EÓLICA
O Global Wind Energy Council divulgou suas estatísticas anuais sobre o mercado de energia dos ventos: em 2016 foram instalados 54 GW eólicos em todo o mundo, o que elevou a capacidade total para 487 GW.
A China liderou instalando impressionantes 23,3 GW e os EUA 8,2 GW, o que elevou a capacidade norte-americana total para 82 GW.
A Índia bateu um novo recorde, instalou 3,6 GW e ficou no 4o lugar do “campeonato renovável” de 2016. Com isto o país chegou a 28,7 GW, consolidando sua 4ª posição no total de instalações acumuladas.
A Europa surpreendeu, dada a incerteza política que assola a região, e instalou 13,9 GW. Destes, a Alemanha instalou 5,4 GW e elevou sua capacidade para mais de 50 GW, sendo o terceiro país que atingiu este marco. A França instalou mais de 1,5 GW; a Turquia 1,4 GW; os Países Baixos entraram com 887 MW, a maioria dos quais offshore.
O Brasil liderou mais uma vez o mercado latino-americano, mesmo com as suas dificuldades políticas e econômicas, instalando 2 GW e terminando o ano com 10,7 GW totais. O Chile teve um ano recorde com 513 MW instalados e o Uruguai adicionou 365 MW. A Argentina não fez instalações em 2016, mas tem na fila projetos que somam mais de 1,4 GW a serem construídos ao longo dos próximos dois anos.
A África do Sul instalou 418 MW e a Austrália 140 MW.
http://www.gwec.net/…/uploa…/vip/GWEC_PRstats2016_EN_WEB.pdf

TRÊS CAMINHOS PARA TRANSFORMAR PROMESSAS SUSTENTÁVEIS EM REALIDADE
Um time do World Resources Insitute Brasil propôs três caminhos para o Brasil se tornar um líder global na transformação dos compromissos assumidos pela sustentabilidade ao longo de 2016 em ações concretas já em 2017: (1) desenvolver cidades sustentáveis e ​​para as pessoas, com foco na redução do uso de carros e mais transporte público, caminhadas e passeios de bicicleta; (2) colocar os compromissos de Paris em prática, principalmente por meio do desenvolvimento de estratégias para o cumprimento dos objetivos de redução das emissões em 37% até 2025 e 45% até 2030, pela melhoria da governança climática e pela instituição de um método de monitoramento da implantação da política climática como um todo; e (3) restaurar paisagens degradadas da floresta. O time avalia que “o Brasil sempre foi uma terra de oportunidades econômicas e abundantes recursos naturais. Agora, ele deve converter-se em um país equitativo e próspero, preservando a sua rica biodiversidade”.
Que nossas “elites” ouçam.
https://www.wri.org/…/3-ways-brazil-can-be-global-leader-tu…

AS VOLTAS QUE ESTE GOVERNO DÁ
No intervalo de uma semana, o governo federal apresentou e retirou a candidatura do Parque Nacional da Serra do Divisor, no Acre, à patrimônio natural da humanidade junto à Unesco. Segundo o estadão, a desistência ocorreu depois do Conselho de Defesa Nacional ter considerado que havia riscos à segurança nacional. A proposta, encaminhada à Unesco no dia 30 de janeiro, foi preparada pelo Ministério do Meio Ambiente, com apoio da Conservação Internacional. No dia 7 de fevereiro, a embaixadora do Brasil na organização da ONU, Eliana Zugaib, enviou uma outra carta na qual “informa que o governo brasileiro decidiu retirar a proposta de candidatura para uma revisão e futura apresentação em um novo ciclo”.
http://sustentabilidade.estadao.com.br/…/governo-lanca-can…/

TRUMP TROCA OS PÉS PELAS MÃOS EM CONVERSA SOBRE ARMAS NUCLEARES COM PUTIN
Na sua primeira conversa telefônica presidencial com Putin, Trump saiu falando que o New START, tratado de redução de armas nucleares dos dois países, é ruim para os EUA. A Reuters apurou que Trump não tinha ideia do que era o tratado até Putin levantar ao telefone a possibilidade de prorrogá-lo, o que fez Trump interromper a conversa e perguntar a seus assessores do que se tratava. Depois da consulta, Trump retomou a conversa e disse que o New START é favorável à Rússia.
O tratado prevê que até fevereiro de 2018 os dois países reduzam suas ogivas nucleares estratégicas a não mais que 1.550, o número mais baixo em décadas; limita também os mísseis terrestres e submarinos e os bombardeiros com capacidade nuclear.
Trump precisa falar mais com gente minimamente informada. Até o secretário de estado de Trump, T-Rex Tillerson, apoiou o tratado durante as sabatinas pelas quais passou no Senado dizendo que é importante para os EUA “permanecer comprometido com a Rússia, responsabilizá-la pelos compromissos assumidos no âmbito do New START e também garantir a nossa responsabilidade”.
http://www.reuters.com/ar…/us-usa-trump-putin-idUSKBN15O2A5…

EM INDIANA, CORPORAÇÕES ELÉTRICAS TENTAM DOMINAR O MERCADO FOTOVOLTAICO
No estado de Indiana, as elétricas querem aprovar leis que, segundo críticos, tirariam as empresas pequenas do mercado fotovoltaico. Um primeiro projeto de lei retira os benefícios fiscais e subsídios hoje oferecidos para as residências, lojas e até algumas igrejas. Assim só as grandes teriam cacife para continuar.
http://abcnews.go.com/…/big-utilities-tilt-solar-energy-mar…

OKLAHOMA NA TRILHA INGLESA CONTRA OS RENOVÁVEIS
Ontem falamos da intenção dos Tories ingleses de remover subsídios e aumentar os impostos sobre as energias limpas, seguindo assim um jeito Trump de ajudar os fósseis. Não é de se espantar que o estado de Oklahoma siga os mesmos passos. Lá é a terra de Scott Pruitt, o negacionista que vai dirigir a EPA e que tem uma das principais reservas de óleo e gás dos EUA. A governadora propôs taxar a eletricidade eólica e antecipar a data para o final dos subsídios às plantas a vento.
http://newsok.com/article/5537116

CARROS ELÉTRICOS NO MÉXICO E NA ÍNDIA
Carlos Slim é um bilionário mexicano bastante conhecido no Brasil. Pelo que dizem é o único mexicano com acesso direto a Trump, relacionamento construído pelos negócios que já tiveram. Mas, enquanto Trump quer construir seu muro e puxar a produção de carros de volta para a Great America, Slim vai produzir carros elétricos na sua própria GM, a Giant Motors. O protótipo sai até o final deste ano. O plano é lançar uma versão para taxis em 2018 para a poluída Cidade do México. Enquanto isto, Slim e sua GM fazem parcerias e vão construir uma planta em parceria com a chinesa JAC.
A Tesla anunciou que vai começar a vender seus modelos na Índia, onde os carros elétricos e híbridos já andam há algum tempo. No ano passado, foram vendidos 22 mil carros puramente elétricos, 37,5% a mais do que em 2015. Terá barreiras razoáveis a transpor: as tarifas de importação, já que não a Tesla não tem fabrica ou parcerias nacionais, as condições indianas de trânsito, o estado das vias e uma rede elétrica menos segura que a norte-americana.
http://link.estadao.com.br/…/empresas,fabricante-de-carros-…

VW ELÉTRICO NOS EUA
Com um investimento na casa dos US$ 2 bilhões, a Volkswagen anunciou sua entrada nos EUA dos veículos sem emissões. A empresa vai instalar 500 estações de carga, 300 em 15 áreas próximas a metrôs e outras 200 em estradas. Está também à procura de uma cidade na Califórnia para testar um serviço de compartilhamento de carros elétricos.
http://www.reuters.com/…/us-volkswagen-emissions-idUSKBN15M…

TESLA EM WALL STREET, NAS BATERIAS E NO HYPERLOOP
Em 2013, depois de um anuncio de Elon Musk para o mercado, o valor das ações da Tesla cresceu 460% durante 12 meses seguidos. Mas alguns investidores continuam a apostar contra a empresa, achando que a concorrência vai fazê-la quebrar. As apostas, agora, atingiram a casa dos US$ 9 bilhões, em boa parte feitas por gente que segue as indicações de Mark Spiegel que definitivamente não gosta da Tesla. Mesmo com este volume de apostas contrárias, o valor das ações da empresa cresceu 30% de dezembro para cá.
Para mostrar que sua gigafábrica de baterias é para valer, Musk investiu em um parque de baterias de 20 MW de capacidade que vai entrar para compensar as intermitências da fonte fotovoltaica. Hoje, a típica curva de carga americana tem um pico no final do dia, quando as fotovoltaicas não mais geram e um vale ao meio dia, quando elas estão no pico de geração. As baterias foram desenhadas para segurar a rampa de crescimento diária. Tecnicamente, a dúvida é a durabilidade das baterias e, daí, seu custo de operação e reposição ao longo de anos de operação.
Outra aventura do Musk é o hyperloop, um sistema de transporte ultrarápido para distancias médias. Musk acha que viagens de longa distância, maiores que mil km, serão feitas em aviões supersônicos. Mas em distâncias em torno 500 km, o avião é ineficiente já que ele vai passar parte importante do tempo subindo e descendo e não em velocidade de cruzeiro. Ele está começando uma ideia no mínimo atrevida. Um tubo e uma cápsula para passageiros e carga. O tubo é mantido em vácuo, ou pelo menos, com pressão bem baixa para reduzir a resistência do ar. A capsula é acelerada magneticamente e, em cruzeiro, anda perto ou até acima da velocidade do som impulsionada pelo seu motor elétrico de ar comprimido.
https://electrek.co/…/08/tsla-wall-street-bet-against-tesla/
http://www.treehugger.com/…/tesla-kills-duck-big-batteries.…
http://www.spacex.com/hyperloopalpha
http://www.digitaltrends.com/cool-tech/hyperloop-news/

VÁ PARA A NORUEGA E VEJA SE A MUDANÇA DO CLIMA É UMA FALÁCIA
Nesta época do inverno, a cidade de Spitzbergen costumava estar a uma temperatura de 16°C abaixo de zero. Nesta semana, a temperatura chegou a 4°C positivos – uma diferença de 20°C. O ministro do meio ambiente da Noruega avisa que o clima está mudando e mudando rapidamente. Ele sabe que as coisas no Ártico vão ser sempre mais rápidas: quando a temperatura média no planeta subir 2°C, no Ártico, ela subirá 4°C. Ele conta que a Noruega sempre olhou para o Ártico do ponto de vista da economia e da segurança. Depois da 2ª Guerra, a economia preponderou, mas que agora, com o gelo derretendo e as vias de navegação se abrindo para os russos, a segurança começa a ficar mais importante. Uma coisa é uma disputa territorial no gelo e outra, muito diferente, é a diplomacia de oceanos. Isto sem falar no óleo e gás que não estão mais debaixo do gelo.
http://www.climatechangenews.com/…/think-climate-change-is…/

RECORDE NEGATIVO DE GELO NO MAR
Mais um recorde climático foi batido: nunca antes na história registrada houve tão pouco gelo no mar. Em um Ártico mais quente, há 260.000 km2 à menos de gelo (o estado de São Paulo é um pouco menor; 248 mil km2). Na Antártica, estamos no auge do verão, também relativamente com pouco gelo.
http://www.usatoday.com/…/sea-ice-record-low-arct…/97646824/
http://nsidc.org/arcticseaicenews/

 

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