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Notícias do Clima

11 minutos de leitura

Via ClimaInfo

PETROBRAS PERDE 7 BI EM DESVIOS, SÓ EM CONTRATOS COM ODEBRECHT

A auditoria interna da Petrobras estimou que os contratos com a Odebrecht desviaram R$ 7 bilhões entre superfaturamentos em obras, equipamentos e serviços de consultoria.

http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,petrobras-estima-em-pelo-menos-r-7-bi-desvios-em-contratos-com-a-odebrecht,10000088221

 

SHELL ANUNCIA INVESTIMENTOS DE US$ 10 BI NO PRÉ-SAL

A Shell quer dobrar sua produção em águas profundas até o início da próxima década. Entre seus planos para isto deve investir US$ 10 bilhões no Brasil nos próximos cinco anos.
http://www.wsj.com/articles/shell-plans-to-invest-10-billion-in-brazil-over-next-five-years-1478803890

 

IMAZON CRIA MODELO PARA IDENTIFICAR ÁREAS DE RISCO DE DESMATAMENTO

O Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) anunciou que vai implantar um sistema para identificar o risco de desmatamento de curto prazo em áreas protegidas na Amazônia. A partir do próximo SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento, publicado trimestralmente desde 2008) as áreas serão ranqueadas conforme o tipo e intensidade da ameaça que estão sofrendo. Os dados virão do Sistema PRODES do INPE e cada célula de 10 x 10 km receberá um atributo de “sem ameaça”, “ameaça” – quando o risco é iminente e “pressão”, quando o desmatamento já está ocorrendo no interior da célula.

Entre agosto de 2014 e julho de 2015, a taxa de desmatamento cresceu 24% correspondendo a um mais de 6.000 km2 desmatados.

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2016/11/1831780-imazon-cria-novo-metodo-para-rastrear-desmatamento.shtml

 

GREENPEACE LANÇA ESTUDO SOBRE OS IMPACTOS NO BRASIL

A frase do título “E agora José, o clima mudou, a luz apagou, a água sumiu, o dia esquentou…” já dá a conclusão. O estudo foi elaborado a partir de estudos publicados entre 2008 e 2016 sobre os impactos das mudanças do clima no Brasil. Mesmo num cenário de aumento de temperaturas menor que 1,5°C, estima-se que a agropecuária vá perder R$ 3,6 trilhões até 2050. Saúde, emprego e geração de energia são outras questões estudadas.

http://www.observatoriodoclima.eco.br/clima-agravara-desigualdade-no-brasil/

http://www.greenpeace.org/brasil/Global/brasil/documentos/2016/E%20agora,%20Jose%CC%81.%20Completo.%20Greenpeace%20Brasil.pdf

 

DAS CONEXÕES ENTRE A SAÚDE PÚBLICA E AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

A poluição do ar mata 5,5 milhões de pessoas e custa U$225 bilhões à economia global, por ano. 150 mil mortes anuais são atribuídas às mudanças climáticas e este número só tende a subir. É chegada a hora de responder às mudanças no clima de maneira a proteger e promover a saúde pública.

A prestigiosa revista da área médica The Lancet lança hoje um relatório que mostra as conexões entre mudanças climáticas e saúde pública e propõe uma transição da compreensão destas mudanças como uma ameaça para a percepção de que a resposta às mudanças climáticas é uma oportunidade para a saúde pública.

Lancet Countdown

 

EMISSÕES GLOBAIS PARARAM DE SUBIR

Antes de descer é preciso parar de subir – esta é a parte otimista do anúncio das emissões globais em 2015 terem sido 0,2% maiores do que as do ano anterior. A persistir esta tendência, as emissões deste ano deverão ser menores.

A parte pessimista da mensagem é a percepção do gigantismo das 36 GtCO2e emitidas em 2015. Uma conta de padeiro diz que cada habitante do planeta emite 4,8 tCO2e por ano – não levando em conta que a minoria rica é muito mais “igual” do que a maioria pobre.

Atingir as metas de Paris e limitar o aquecimento a 1,5°C vai exigir muito mais em muito menos tempo.

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/afp/2016/11/13/cop22-emissoes-de-co2-estao-estaveis-mas-ainda-altas.htm

 

PACOTE DE AÇÕES PARA MITIGAR IMPACTOS NA ÁFRICA

Dos continentes, a África é de longe o que menos emite, mas é onde os impactos climáticos serão mais sentidos. Muito por conta da pobreza da população. Neste final de semana foi lançado um pacote de ajuda promovido por FAO, Banco Mundial e Banco para o Desenvolvimento Africano que prevê colocar até 2020 quase US$ 1 bilhão em várias iniciativas de adaptação e mitigação dos impactos.

O governo do Marrocos, por exemplo, será apoiado para desenvolver um sistema de monitoramento do litoral que ajudará seus pescadores.

http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/2016/11/fao-anuncia-pacote-climatico-para-africa-na-cop22/

 

REDUZIR EMISSÕES: IMPOSTO SOBRE CARNE E LEITE

Um estudo da Universidade de Oxford propõe um aumento de 40% no preço da carne e de 20% no do leite e derivados para compensar as emissões do rebanho bovino inglês. Serviria para induzir o publico a consumir menos, com o triplo beneficio de reduzir emissões, reduzir a água consumida na criação e, segundo os autores, reduzir a incidência de doenças do coração, de AVCs e câncer.

https://www.theguardian.com/environment/2016/nov/07/tax-meat-and-dairy-to-cut-emissions-and-save-lives-study-urges

 

HIDRELÉTRICAS EMITEM MAIS METANO

Um estudo publicado no mês passado na BioScience mostra que as emissões de metano de represas hidrelétricas podem ser bem maiores do que as estimadas até agora por conta da decomposição de vegetação que existia antes da formação do lago e da maior ação de algas. As estimativas batem na casa de 800 GtCO2e todo ano, pouco menor do que as emissões da Alemanha.

A se confirmar, passa a ser uma informação muito relevante nas discussões dos projetos futuros de energia.

https://www.theguardian.com/global-development/2016/nov/14/hydroelectric-dams-emit-billion-tonnes-greenhouse-gas-methane-study-climate-change

http://bioscience.oxfordjournals.org/content/early/2016/10/02/biosci.biw117.full.pdf+html

 

A ALEMANHA VAI CORTAR 95% DAS EMISSÕES ATÉ 2050

O governo da Alemanha concluiu um acordo no parlamento definindo um plano de redução de emissões nos próximos 30 anos. A intenção é que em 2050, as emissões totais do país sejam entre 5 e 20% do que foi emitido em 1990. O plano define que haverá revisões periódicas avaliando os impactos sobre a competitividade da indústria alemã, nos empregos e na sociedade em geral, sendo que a primeira será já em 2018.

https://www.theguardian.com/environment/2016/nov/11/german-coalition-agrees-to-cut-carbon-emissions-up-to-95-by-2050

http://www.dw.com/en/german-government-reaches-agreement-on-climate-action-plan/a-36356919

 

REINO UNIDO CADA VEZ MAIS SOLAR

Data histórica: 9 de abril deste ano foi o primeiro dia em que a geração fotovoltaica superou a das térmicas à carvão. De lá até setembro, fechou-se o primeiro semestre em que isto persistiu. Reflexo do esforço britânico que dobrou a capacidade fotovoltaica em 2015 e que conta com um parque de mais de 12 GW de capacidade pico instalada (mais que Belo Monte – 11 GW). Isto porque a Inglaterra não chega a ser exatamente famosa pelo bom tempo.

http://www.independent.co.uk/environment/solar-panels-electricity-coal-power-stations-uk-sun-a7344326.html?cmpid=facebook-post

Analysis: UK solar beats coal over half a year

 

SARKOZY E UM IMPOSTO DE CARBONO SOBRE AS IMPORTAÇÕES

Em uma entrevista para a TV francesa, o candidato da direita francesa e ex-primeiro ministro Nicolas Sarkozy está ameaçando retaliar eventuais medidas protecionistas americanas prometidas por Trump. Ele pede à União Europeia que crie um imposto sobre as emissões embutidas nas importações europeias. Esta medida seria parte de um pacote que inclui, também, a obrigação dos Estados de comprarem preferencialmente produtos fabricados na Europa e uma tarifa anti-dumping em cima dos produtos chineses. Bacana, porém inútil usar o carbono desta maneira porque não induz a mudança em direção a um padrão de consumo de baixo carbono. Faria sentido se viesse junto com o imposto sobre os produtos europeus também.

http://www.lemonde.fr/politique/article/2016/11/13/sarkozy-propose-une-taxe-carbone-si-trump-denonce-l-accord-sur-le-climat_5030514_823448.html

 

PROGRAMÃO DE LEONARDO DICAPRIO

O ator Leonardo DiCaprio lançou o documentário “Antes do Dilúvio”, mostrando as causas do aquecimento global, a ciência por trás e as prováveis consequências para o mundo. Pode ser visto (Before the Flood) no canal NatGeo e no YouTube (https://www.youtube.com/watch?v=2q7V460XZfE – com legendas em português).

http://exame.abril.com.br/mundo/por-que-before-the-flood-e-um-documentario-essencial/

 

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